O que levar em consideração na hora de escolher uma Associação de Proteção Veicular (APV)? Após decidir se associar a uma cooperativa, é importante buscar conhecer quais as opções disponíveis. Assim como na contratação de qualquer tipo de serviço ou no momento de adquirir um bem, pesquisa e comparação é essencial.
Então, como encontrar e saber qual é a melhor opção? Cada um tem necessidades e demandas específicas ao procurar pelo serviço de proteção veicular. Basta pesquisar bem e utilizar alguns parâmetros de avaliação, que é possível encontrar uma APV que te ofereça as vantagens que procura e te atenda de forma personalizada.
Neste artigo você vai descobrir quais fatores considerar na hora de fazer sua escolha e como conseguir escolher a melhor opção.
Sobre as Associações de Proteção Veicular, entenda:
- O que é proteção veicular
- Para que servem
- Como funcionam
- Quem regulamenta
Quanto ao que levar em conta na hora da escolha, esse artigo te trará informações sobre:
- Regularidade
- Preços e taxas
- Cobertura
- Apólice de seguro
- Empresas parceiras
- Reputação
O que é proteção veicular?
Para ter assertividade na hora de escolher uma cooperativa de proteção veicular, é preciso entender algumas coisas importantes sobre como funciona o segmento e como se formam as associações.
Já explicamos detalhadamente aqui no blog Busca Proteção o que é a proteção veicular e se vale a pena aderir à modalidade. Você pode saber de forma mais aprofundada clicando aqui nesta página com mais informações sobre proteção veicular.
De forma simplificada, a proteção veicular é um sistema de rateio, onde vários proprietários de veículos se reúnem e assumem um acordo de ajuda mútua. Isso quer dizer que, em caso de acidentes ou qualquer outro tipo de sinistro que um deles sofra, todos irão arcar em conjunto com as despesas relacionadas.
O movimento começou quando um grupo de caminhoneiros, na década de 80, decidiram dividir entre si os gastos com os caminhões, uma vez que não conseguiam suporte das seguradoras devido ao perfil dos veículos. A partir de então, a ideia foi repetida e transformada no que hoje conhecemos como o segmento de proteção veicular.
E como funciona na prática esse rateio? Cada associado contribui mensalmente com um valor que irá compor um fundo comum e será utilizado para custear os gastos com o conserto dos automóveis.
Para que servem as Associações de Proteção Veicular?
O fundo comum formado a partir do valor pago pelos associados precisa ser administrado e organizado, para trazer clareza, transparência e segurança quanto aos procedimentos. É aí que surgem as Associações de Proteção Veicular (APVs).
As APVs são criadas com o intuito de maximizar os benefícios, melhorar os processos de administração do fundo coletivo e gerenciar as ações de acionamento dos serviços de consertos, reparos ou qualquer outro que venha a ser requerido.
Como funcionam as Associações de Proteção Veicular?
As Associações de Proteção Veicular são instituições sem fins lucrativos, formadas a partir da livre iniciativa pública por meio do associativismo.
Quem regulamenta as Associações de Proteção Veicular?
Uma vez que nasce da livre iniciativa pública, as APVs não dependem de autorização para a sua criação. Da mesma forma, não podem sofre intervenções estatais em seu funcionamento.
Por não contar ainda com uma legislação específica, a proteção civil toma por embasamento o que consta no ordenamento jurídico relacionado às associações e a atividade do associativismo.
Basicamente, as Cooperativas seguem as diretrizes que constam no Código Civil e na Organização de Cooperativas Brasileiras. Por que é importante saber disso? Porque no momento de escolher uma associação, uma das dicas é averiguar a regularidade da mesma.
O Código Civil estabelece os requisitos para que as APVs sejam enquadradas legalmente como pessoas jurídicas de direito privado. Ao criar uma APVs, deve ser feito o seu registro em cartório por meio de estatuto, conforme legislação vigente. Em seu artigo 54º, o CC define o que deve constar no ato constitutivo.
A título de curiosidade, veja o que deve constar no estatuto das associações:
- I – a denominação, os fins e a sede da associação;
- II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
- III – os direitos e deveres dos associados;
- IV – as fontes de recursos para sua manutenção;
- V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
- VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
- VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
Você pode saber mais sobre o assunto, no artigo Proteção Veicular: diretrizes e regulamentos.
O que levar em conta na hora de escolher uma Associação de Proteção Veicular?
Então, o que levar em conta no momento de escolher uma cooperativa para se associar? Na sua pesquisa, você pode considerar, pelo menos, seis fatores para pesquisar, comparar e analisar:
- Regularidade
- Preços e taxas
- Cobertura
- Promessa de apólice
- Empresas parceiras
- Reputação
Regularidade
A proteção veicular é legal, segura e respaldada juridicamente. Contudo, como em qualquer outro tipo de serviço ao ser contratado, é importante se atentar à regularidade da instituição.
Cheque toda a documentação da associação e verifique se a mesma tem um estatuto registrado em cartório, como previsto no Código Civil. Procure conhecer toda a estrutura institucional, desde documentos o espaço físico. Uma dica é visitar o endereço presencialmente para ter mais segurança.
Consulte também o número de associados. Assim, você garante a veracidade e a seriedade da cooperativa e já tem uma ideia de quanto vai pagar, uma vez que esse número influencia no valor do rateio.
Preços e taxas
Já diziam os especialistas em finanças: quem pesquisa, economiza.
Pesquisa de preço talvez seja uma das coisas mais comuns ao quando vamos adquirir um novo serviço ou produto. Ou, pelo menos, deveria ser.
A contribuição mensal da proteção veicular é calculada da seguinte forma:
rateio mensal dos prejuízos + taxa de administração + produtos contratados
Rateio mensal
O rateio mensal é a soma dos custos obtidos com os veículos no mês anterior dividido pelo número de associados. O importante a olhar aqui é sobre o sistema de cotas.
Algumas cooperativas utilizam um sistema de cotas para aplicar o princípio da igualdade no pagamento do rateio. Dessa forma, cada associado paga um número de cotas baseado no valor de mercado do seu veículo. Proprietários de carros mais caros, pagaram um pouco mais no rateio, para ser justo com todos.
Então, na hora de pesquisar por uma associação, verifique se ela utiliza o sistema de cotas e como funciona para saber como será a sua parte de contribuição no rateio.
Taxa de administração
A taxa de administração é definida pela Cooperativa e é um valor simbólico usado para custear os gastos básicos necessários para a manutenção da mesma. Essa taxa cobre, por exemplo, aluguel, salários, telefone, energia, entre outros.
Essa taxa varia de uma associação para outra e pode ser interessante se atentar a isso na hora de fazer um balanço e comparar suas opções.
Produtos contratados
Os produtos contratados integram a categoria de custos fixos da mensalidade. Cada benefício é cobrado a parte, tem preços preestabelecidos e envolvem serviços como assistência 24h e rastreamento, quando utilizados.
Vale a pena olhar a tabela e verificar quais são esses esses serviços e os valores de cada um deles.
Cobertura
Você também pode comparar os tipos de coberturas que são oferecidas para selecionar a mais completa ou, pelo menos, que tenha as coberturas essenciais para você.
Ou seja, uma dica é já ter em mãos uma lista antes mesmo de iniciar a procura por uma cooperativa, para já saber o que você busca.
A maioria das associações de proteção veicular incluem no contrato as coberturas mais comuns, que são:
- Roubo
- Furto
- Colisões
- Incêndios
- Incidentes naturais (enchentes e/ou alagamentos, etc)
- Indenização a terceiros
- Proteção para vidros e retrovisores
- Carro reserva
- Guincho
Questione sobre o prazo de início da cobertura após a assinatura do contrato. Na proteção veicular, normalmente, a cobertura é imediata.
Além disso, veja também o que o contrato estabelece sobre o condutor do veículo nos momentos em que ocorrem sinistros. É comum, na proteção veicular, os custos serem cobertos independente de quem estava conduzindo, uma vez que a cobertura está atrelada ao veículo e não ao condutor, ao contrário do que ocorre com o seguro auto tradicional.
Promessa de apólice
Um ponto importante que de imediato já pode apontar uma cooperativa atuando de forma irregular é o discurso de “venda” e o que está sendo prometido no marketing da instituição.
Associações de Proteção Veicular não operam seguros, ou seja, não vendem apólices de seguro. Vimos que as APVs são criadas para estruturar o rateio e administrar o fundo reserva, de forma que os proprietários possam dividir entre si as despesas quando houverem acidentes ou outras situações que causem danos ou exija conserto.
Tudo isso se dá por meio de contrato registrado em cartório no qual associados e cooperativa se comprometem à responsabilização mútua pelo veículo. Uma cooperativa não assume o risco de forma independente. Ou seja, não há apólices de seguro envolvidas na transação.
Se uma cooperativa te oferecer apólice, pode desconfiar da idoneidade da mesma.
Empresas parceiras
Também é interessante conhecer quais são as empresas parceiras que são acionadas pela cooperativa quando os veículos precisam de algum tipo de serviço. Afinal, serão elas quem cuidaram do seu automóvel, então é um item importante de averiguar.
Veja sobre os prazos de acionamento e atendimento, horários de funcionamento e, se possível, converse com outros associados para saber qual a experiência e opinião deles.
Reputação (internet, reclame aqui, outros associados)
Uma das grandes vantagens da internet é poder compartilhar experiências e dar depoimentos sobre serviços e produtos. Assim, o risco de arrependimento depois é menor.
Use isso a seu favor quando estiver procurando por uma cooperativa de proteção veicular para se associar. Pesquise a reputação da instituição na internet, veja o que outros associados falam sobre o serviço prestado e as referências disponíveis. Assim, fica quase impossível fazer uma escolha não tão boa.