O perfil do segurado é uma condição comum nos seguros automotivos convencionais que surgiu com o objetivo de garantir opções mais adequadas e personalizadas.
Entretanto, este também é um dos principais quesitos que influenciam no valor final do serviço. Isso porque ajuda a avaliar os riscos aos quais o veículo e, consequentemente, a seguradora estão sujeitos. O que talvez nem todo mundo sabe é que a análise de perfil não existe na proteção veicular (o que é uma das 14 vantagens do serviço de proteção veicular).
E é justamente sobre tudo isso que falaremos neste artigo. A seguir, veja o que é e como funciona o perfil do segurado. E, sobretudo, as vantagens das opções que não trabalham com este perfil de risco, como é o caso da proteção veicular.
Veja tudo que será abordado sobre o assunto:
- Perfil do segurado: o que é e como funciona
- Entenda, primeiramente, o que é o questionário de avaliação de risco
- Como o perfil do segurado é definido
- Idade
- Gênero
- Marca e modelo do veículo também impactam no perfil do segurado
- Região de residência e/ou trabalho e estacionamento
- Tipo de uso do veículo
- Histórico de sinistros
- Indenizações de sinistros ficam condicionadas às respostas fornecidas
- A boa notícia é que, na proteção veicular, a análise de perfil é dispensada
Perfil do segurado: o que é e como funciona?
Se você já contratou um seguro auto ao menos uma vez na vida ou até mesmo pesquisou a respeito, deve ter ouvido falar bastante sobre o perfil do segurado.
Em resumo, podemos dizer que ele é um dos principais fatores responsáveis pela precificação da apólice. Isso porque, a partir do momento em que o perfil do segurado é delineado, os riscos também são traçados. E, em suma, quanto maior for o risco oferecido pelo perfil do segurado, mais caro será o preço do seguro.
Neste artigo, você irá entender como este perfil é definido e de que forma as respostas fornecidas podem impactar no preço do serviço, entre outros assuntos, a fim de o proprietário de veículo conseguir um seguro mais barato.
Entenda, primeiramente, o que é o questionário de avaliação de risco
Antes de falarmos especificamente sobre perfil do segurado, é importante entender o que é e como funciona o questionário de avaliação de risco. Afinal, os dois estão interligados.
Para quem não sabe, o questionário de avaliação de risco consiste em uma série de perguntas feitas pela seguradora para justamente definir o perfil do segurado.
Muito mais do que conhecer seu cliente, este interrogatório visa avaliar os riscos aos quais o veículo está submetido. E, sobretudo, definir o valor do serviço, que pode sim sofrer alterações para mais ou para menos conforme as respostas fornecidas.
Além do mais, é importante destacar que, a partir do fornecimento dos dados e das informações solicitadas, a seguradora também tem o direito de recusar a oferta do serviço. Principalmente se achar que não vale a pena assumir tais riscos.
Como o perfil do segurado é definido?
Mas se você está querendo saber como o perfil do segurado é definido a partir do questionário de avaliação de risco, calma que a gente te explica.
Em primeiro lugar, são considerados os dados do veículo, como marca e modelo, e dos condutores, seja o principal ou os eventuais.
Este formulário ainda contempla perguntas como idade, sexo, tempo de habilitação e tipo de uso do veículo. Bem como região de circulação, onde ele fica estacionado e sobre a existência ou não de dispositivos de segurança.
São as respostas dessas e de outras perguntas que traçam o perfil do segurado, conforme entenderemos melhor a seguir:
Idade
As seguradoras tradicionais entendem que motoristas mais jovens têm uma tendência maior a se envolverem em acidentes. Seja pela pouca experiência no volante ou até mesmo por pura imprudência.
Isso significa que proprietários de veículos com menos de 25 anos de idade tendem a pagar mais caro pelo seguro automotivo.
O mesmo vale para quem tem CNH há menos de cinco anos. E, inclusive, para motoristas mais maduros, mas que residem com pessoas na faixa etária entre 18 a 24 anos.
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Gênero
Pesquisas mostram que as mulheres costumam ser mais cautelosas no trânsito quando comparadas com os homens.
Inclusive porque muitas evitam utilizar o veículo na parte da noite ou de madrugada, entre outras circunstâncias, para minimizar os riscos.
Ao mesmo tempo, as estatísticas também apontam que os homens se envolvem mais em acidentes e outros sinistros. É por isso que o seguro de motoristas mulheres, sobretudo casadas, costumam ser mais baratos.
Marca e modelo do veículo também impactam no perfil do segurado
Quando falamos que a marca e modelo do veículo influenciam no valor do seguro, muito pensam que donos de carros mais caros pagam mais. Mas não é bem assim.
A marca e o modelo do veículo impactam na precificação do seguro da seguinte forma: quanto mais visado por criminosos, maiores os riscos.
Um levantamento realizado pela Carsystem, por exemplo, mostrou que o Ford Ka e o Chevrolet Onix foram os carros mais roubados no país, no primeiro semestre de 2021.
O mesmo vale para motoristas de carros esportivos, já que costumam dirigir em alta velocidade e se aventurar das mais diferentes formas.
Região de residência e/ou trabalho e estacionamento
A região onde o segurado mora ou trabalha também influencia no orçamento do seguro.
Isso porque, caso o endereço seja em uma área violenta, com grande risco de roubos ou furtos, o serviço ficará mais caro.
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A seguradora faz esta verificação mediante uma análise do número de sinistros ocorrido na região do cep de circulação e pernoite do automóvel.
Outra questão é onde o carro fica estacionado. Quem tem garagem fechada ou deixa o veículo em estacionamento, seja em casa ou no trabalho, pagará menos.
Afinal, carros estacionados na rua ficam mais vulneráveis à ação de criminosos ou até mesmo correm o risco de serem atingidos acidentalmente por veículos que trafegam na via.
Tipo de uso do veículo
Outro fator que influencia no perfil do segurado é o tipo de uso do veículo. Ou seja, se o automóvel é utilizado apenas para lazer ou profissionalmente, diariamente ou apenas algumas vezes na semana e por aí vai.
Isso porque consideram que um veículo utilizado profissionalmente está mais sujeito a desgastes e exposto a riscos.
Há seguradoras, inclusive, que recusam cobertura para motoristas de uber ou elevam significativamente seu custo.
Além do mais, também é avaliado se o motorista divide o uso do veículo com outra pessoa, sobretudo menores de 24 anos, pelo motivo já mencionado anteriormente.
Histórico de sinistros
Quando o proprietário do veículo já é cliente de um seguro auto, a avaliação do histórico de sinistros se torna um procedimento padrão.
Sobretudo na hora de renovar o contrato. Isso significa que, se for constatado que o segurado acionou o serviço em algum momento no último ano, pode-se esperar um valor superior. Isso porque a seguradora subentende que a chance de ocorrer um novo sinistro é maior.
Caso contrário, se não houver registro de nenhum sinistro, o cliente pode ser contemplado com desconto ou bonificações.
Indenizações de sinistros ficam condicionadas às respostas fornecidas
O que nem todo mundo sabe é que essas perguntas não são tão inocentes, como muitos pensam.
Em caso de sinistro, o pagamento da indenização está diretamente condicionado ao que foi respondido no questionário de avaliação de risco.
Ou seja, a proteção será garantida somente nas hipóteses previstas na apólice.
O que significa que o segurado deve responder o questionário com total atenção e informar todos os riscos aos quais o veículo está exposto.
E, sobretudo, não fornecer qualquer informação inexata ou omitir qualquer circunstância, em hipótese alguma. Isso porque, se comprovado violação à boa-fé ou falta de informações condizentes com a realidade, a seguradora pode se recusar a indenizar o segurado.
E, consequentemente, o proprietário do veículo poderá perder seu direito de recebimento de indenização, devendo arcar com todos os custos sozinho.
Portanto, caso haja qualquer alteração ao longo da vigência, é preciso procurar o corretor ou a seguradora e comunicá-la para que o endosso seja realizado e a cobertura garantida.
A boa notícia é que, na proteção veicular, a análise de perfil é dispensada
Viu só como todo esse processo de definição do perfil do segurado é complexo, variável e pode impactar diretamente no preço do serviço? Pois a boa notícia é que nem sempre ele é necessário.
Hoje em dia, até existem seguradoras que oferecem a opção de contratação do seguro auto sem perfil do segurado. Mas, geralmente, são apenas coberturas contra roubo e furto, o que muitas vezes demanda uso de rastreador. Ou até mesmo são opções com custo final elevado.
Por outro lado, na proteção veicular para motorista de aplicativos, é possível sim garantir uma ampla cobertura sem passar pela análise de perfil. E, o melhor, com preços acessíveis e condições justas. Não é à toa que a modalidade vem ganhando força no mercado.
Por não avaliar o perfil do segurado, ela garante proteção a veículos de pessoas com nome sujo, motoristas de uber, entre outros casos, sem qualquer diferença de preço. Isso porque o objetivo da proteção veicular é garantir a proteção do veículo, independentemente de quem está na direção.
O que significa que a proteção é estendida para qualquer condutor habilitado que dirigir aquele veículo, independentemente do perfil do segurado. Viu como é muito mais vantajoso?